Quanto à sua empresa gasta com publicidade por mês? Com certeza você já recebeu diversas visitas de representantes e todo tipo de vendedor de calendário, chaveiro, bloquinho, caneta, de anúncio em rádio, televisão, jornal, banner na internet, cartaz, outdoor, pintura em muro, carro de propaganda, etc, etc, etc.
Há uma infinidade de lugares onde você pode colocar a sua marca e o seu telefone e uma infinidade de lugares onde você pode gastar o seu dinheiro. A questão, todavia, é o seguinte: você seria capaz de mensurar o retorno deste tipo de publicidade para o seu negócio? Como você avaliaria isto? Dá certo?
É comum na microempresa, o proprietário investir muito em estratégias erradas de publicidade. Muita gente vai passar na sua porta e vai te mostrar um monte de quinquilharias que você vai achar super legais depois que estiverem com a sua marca, mas que não tem impacto na hora de conseguir novos negócios ou de criar um vínculo ou uma lembrança no cliente. Na minha opinião este é o tipo de estratégia de massa que você deve correr pra cortar do seu orçamento caso ela não esteja bem avaliada.
Os americanos tem um nome muito especial para este tipo de estratégia. Eles a chamam de marketing spray and pray, que significa mais ou menos algo como “borrife (de spray, de desodorante mesmo) e depois reze”, enfim jogue a coisa meio que sem direção pro mercado e torça pra ele te dar algum retorno.
Se coloque como cliente e tente lembrar realmente qual foi o motivo pelo qual você matriculou o seu filho no colégio em que ele estuda hoje, o que o fez comprar naquele supermercado, naquela loja de sapatos, comprar aquela marca de carro, se matricular naquele curso de inglês ou de informática, beber aquela marca de cerveja e usar as roupas de determinado estilo ou grife. Você vai ver que foram as pessoas do seu círculo de convivência que te influenciaram muito mais que a propaganda. NINGUÉM LIGA MAIS PRO VELHO MARKETING! As pessoas esquecem os chaveiros nos seus bolsos, colocam o calendário da sua empresa atrás da porta e não tão nem aí pros barulhentos anúncios de propaganda na rua…. a maior parte delas levantam do sofá bem no horário da propaganda na TV.
Cliente quer mais. Quer relacionamento genuíno pra que você possa entrar no rol das empresas indicadas por ele quando ele for perguntando sobre o seu segmento. Eu tenho certeza que na sua empresa você precisa fazer uma triagem urgente do que é investimento que vale à pena do que é investimento que é a maior roubada.
Os consultores de marketing de relacionamento recomendam que as empresas se detenham à 4 C´s como uma nova forma de se relacionar com o cliente: Conveniência, Custo, Comodidade e CLIENTE. A Conveniência como forma de poder servir ao cliente da melhor forma possível, o custo como forma de viabilizar a compra frente aos benefícios oferecidos, a comodidade na medida exata do retorno que ele espera do seu serviço e o Cliente como o foco principal de todo o seu esforço. Pare de falar que o seu produto é bom e comece a mostrar quais “benefícios diferenciados” você pode oferecer ao seu cliente. Os consumidores não são mais influenciados por empresa nenhuma que não queira estabelecer um relacionamento genuíno e verdadeiro com ele. Que não ofereça conveniência sob a forma de serviços (lembra que até há pouco tempo, farmácia ou supermercado nenhum trazia as suas encomendas em casa?)
Invista em relacionamento com o seu cliente. Invista em informação. Saiba tudo sobre ele.
Ligue pros seus clientes e troque idéias – diferencie-se enquanto os seus concorrentes fazem chegar à casa dele quilos de cartinhas commodities de papel; pergunte pra eles pessoalmente o que eles acham do seu produto, dos seus serviços, ouça as broncas, resolva e comece a descobrir o que é realmente importante, o que realmente na opinião dele agrega valor ao seu produto.
Sobretudo, acostume-o a um relacionamento freqüente, verdadeiro e interessado – eles sempre vão comprar primeiro a confiança depois os produtos.
Caia fora do relacionamento do calendário e do chaveirinho.
EDUARDO TAVARES
Aguardando por você pra bater um papo sobre a sua empresa.
Escrito por Eduardo Tavares 
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