Quando as coisas não estão legais na empresa onde você trabalha (leia-se clima ruim, chefe ruim, baixas perspectivas e zero de valorização) eu sempre recomendo um plano de fuga pra quem eu conheço.
Fugir não significa pular do barco porque a situação da empresa está ruim. Na maior parte das vezes é justamente o contrario: é porque você não está feliz numa empresa que até tá indo muito bem.
Um plano de fuga é exatamente o que um detento faz quando quer sair da cadeia. Um plano de inteligência com cronograma, avaliação dos recursos disponíveis e metas, que quando bem executado, cumpre o objetivo de deixar o sujeito do lado de fora da prisão.
Eu costumo dizer FUGA porque quando não se está feliz na empresa em que se trabalha, a segunda-feira é um martírio doloroso, o escritório vira uma cadeia e apesar disso tudo, conseguir sair nem sempre é uma tarefa fácil.
Fugir, costuma ser uma tarefa mais fácil quando você é analista, assistente ou auxiliar. Geralmente, para estes cargos, as possibilidades que vão te fazer “trocar de empresa” são diferentes e até mais simples do que se o cargo for estratégico.
A bronca de quem trabalha em cargo estratégico é que você tá afundado na empresa até o pescoço e sair sempre costuma ser um processo difícil pra um supervisor, gerente ou diretor.
As recomendações mais comuns costumam dizer que o gerente deve se utilizar do networking adquirido pra buscar uma recolocação, se inscrever em consultorias de RH, fazer coaching ou adquirir novos conhecimentos que possam levá-lo a outras esferas profissionais.
Uma das coisas, porém, do qual todo líder de empresa deve ficar atento é no seu comportamento na empresa depois que o plano de fuga foi traçado e a contagem regressiva começa.
Nessas horas, você deve virar um PLAYER e jogar o tempo todo com as situações que chegam pra você. Afinal, referências positivas da última empresa sempre serão bemvindas. Você não quer sair porque resolveu chutar o pau da barraca e depois foi demitido, não é?
Na pele de um líder, com um plano de fuga pronto e em ponto de bala pra decolar eu ficaria atento para as seguintes recomendações se você já tem alguma empresa em vista ou definitivamente não pretende ficar na empresa onde está:
– Jamais deixe claro exatamente aquilo que você pensa. Você vai precisar ser ainda mais conciliador daqui pra frente;
– Não se queixe da sua situação com subordinados. Guarde os seus desabafos pra sua esposa;
– Se o seu superior é do tipo difícil de lidar, deixe a vaidade de lado e pare de fazer questão sobre coisas para o qual você antes o questionava;
– Aproveite todo o tempo livre para aperfeiçoar o plano, fazer contatos e até mesmo adquirir conhecimentos que vão elevar o seu valor nas empresas em que você pretende trabalhar.
– Se a auto-estima está em baixa, alimente o seu respeito próprio com atitudes que valorizem você.
– Jogue muito. Ser político e conciliador garantirá o tempo que você precisa pro cronograma dar certo.
São idéias que eu ainda estou amadurecendo antes de passar pra frente. Acredito que observando melhor algumas situações terei algo mais temperado e mais objetivo pra recomendar aqui no blog.
Trabalhar feliz é uma possibilidade se você tiver um bom plano de fuga pra outro lugar.
Bom plano de fuga!
“Não se queixe da sua situação com subordinados. Guarde os seus desabafos pra sua esposa”????
OK, Du. Mas que tal acrescentar amigos, marido e esposa, psicoterapeutas?
Vale lembrar que a mulher está no mercado de trabalho.
Grande abraço